Introduzido no país na década de 1980, o molusco que serviu como aposta comercial na busca de uma alternativa mais barata ao escargot, se transformou em uma verdadeira praga. O caramujo africano (Achatina fulica), é dotado de alta capacidade de reprodução e hoje se disseminou em 24 dos 26 estados brasileiros. Os impactos para a biodiversidade são evidentes, mas os riscos à saúde pública também preocupam. A prevenção no contato com o animal e o controle das populações do caramujo são fundamentais.
Nos ambientes urbanos as populações desses moluscos são densas, invadem e destroem hortas e jardins. Como são formadas por animais de grande porte, com 10cm em média, causam transtornos às comunidades das áreas afetadas, esclarece a pesquisadora Silvana Thiengo, responsável pelo Laboratório de Referência Nacional em Malacologia Médica do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).Segundo a especialista, um exemplar do molusco pode colocar uma média de 200 ovos por postura e se reproduzir mais de uma vez ao ano. "Quando infectado por parasitos, o caramujo africano pode transmitir doenças. A meningite eosinofílica é a única que teve casos registrados no país", diz Silvana.
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