Na última semana, a Organização Mundial da Saúde aprovou um novo teste que promete revolucionar o combate a um velho problema: a tuberculose.
A moléstia, que ficou conhecida como mal do século em razão do grande número de mortes causadas no fim do século XIX, tem ainda grande impacto sobre a saúde pública mundial só em 2009 foi responsável por 1,7 milhão de óbitos.
O exame avança ao conseguir encurtar o tempo gasto para o diagnóstico e tornar mais precisa a detecção da bactéria causadora da enfermidade a Mycobacterium tuberculosis, ou bacilo de Koch. Antes o resultado demorava cerca de dois meses. Agora ele é obtido em menos de duas horas.
Isso é possível por meio da detecção, no escarro, da presença de material genético da bactéria. Além de identificar a infecção, o teste analisa a resistência a remédios usados para controlar a bactéria. A chegada do exame foi comemorada. Iniciar o tratamento mais cedo pode evitar óbitos, em especial em pacientes que estão com o sistema de defesa fragilizado, considera Draurio Barreira, coordenador do Programa Nacional de Controle da Tuberculose.
No País, Rio de Janeiro e Manaus aplicarão kits com a nova tecnologia nos próximos quatro meses. Se os resultados forem positivos, vamos estender o procedimento para todo o SUS, diz Barreira.